quarta-feira, 20 de junho de 2012

' NÃO ATENDER ...



' NÃO ATENDER!'
Foi isso que eu vi no visor do meu celular naquela noite.
Passava das dez, eu estava deitada a algum tempo, mas o sono não vinha, mil coisas na mente, as contas, os compromissos da semana, a unha pra fazer, a vacina do cachorro, ligar pra diarista.
Tava mesmo tudo uma bagunça, e ia ficar ainda pior.
Meu coração acelereou, fiquei estasiada, faziam alguns dias que você não dava sinal e assim derrepente sem eu esperar, ou melhor depois de tanto eu esperar (...)
Era finalmente você!
Mas e agora atender ou não.
A frase tava ali no lugar do seu nome pra ser respeitada, mas que mal poderia me fazer um simples telefonema, era só dizer que não, pra qualquer que fosse sua pergunta e sua proposta!
Atendi e não falei nada, esperei que ele falasse.
- Alô! Alôo?!
- Oi, fala.
- Achei que não ia responder.
- O que você quer, estava indo dormir.
- Não estava não, conheço bem seus horarios e suas vozes tambem, está mentindo pra mim, esta nervosa. Tem alguem ai com você? É isso?
Não sei porque ele ainda perguntava, sabia a resposta. Sabia que não tinha ninguem desde o dia que ele se foi, sabia que eu era inteiramente dele, me conhecia a ponto de reconhcer minhas vozes ao telefone, o que ele queria? Me enlouquecer? Me testar?
- Não não tem ninguem. Mas fala logo o que você quer!
- Quero você!


- Como?
Prescisava ouvir aquilo denovo, prescisava a confirmação de que não era ilusão, que ele havia mesmo dito aquela frase.
- Quero você! Do nosso jeito, na nossa cama, como sempre foi.
- É meio tarde não achas?
- Amanhã é feriado.
- Não me refiro ao horario, mas ao tempo em que você se ausentou!
Maldita irônia que inscistia em me driblar.
- Mas diz que não sentiu falta.
- Não.
- Então porque contou o tempo?
- Por nada.
- Me diz, assume que tambem me quer?
- Não.
- Viu sempre te disse, não consegue nem negar que me quer.
- Mas ja disse que não te quero.
- Não, você disse que não consegue dizer que não me quer!
- Para de tentar me confudir.
- Ok, então diz se ainda me quer.
- Não.
-Tem certeza.
- Não!
- Tua cama ainda é minha né?
- Não.
- Ainda tem meu espaço no armario.
- Não.
- Tem cerveja na geladeira?
- Tem, mas por que?
- Ta ai, você ta me esperando, eu sabia.
- Eu tô te esperando?
- Viu eu disse, Tô indo!
- Indo onde?
Tuu Tuuu Tuuuu (...)
 Em alguns minutos ouvi o barulho do carro na frente da casa, ouvi o portão abrir.
- O que você ta fazendo aqui?
- Achou mesmo que eu ia acreditar naqule momte de não sendo que você se quer pediu as chaves de volta e ainda guarda cerveja na geladeira, sendo que você não gosta?

Poisé ele estava diante de mim, meu corpo era dele denovo, o cheiro dele estava no ar. Não adiantava tentar fingir. Se fiz certo ou errado, já não importa mais, o fato é que te-lô aqui nos meu braços compensa qualquer arrependimento que venha depois. O que importa mesmo é que se ele me abraçar e me beijar daquele jeito, o resto perde a validade, as negações se defazem; e isso não é ser fraca, é ser forte o bastante pra reconhecer que as minha felicidade não esta nas mãos dele, mas eu indiscutivelmente estou!

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